a beleza é o reflexo da alma - acróstico
Ah, ninguém tem certeza
Beleza põe mesa
E não põe
Leva na cara a impureza
E consome
Zomba da realeza
Ao espelho nega e some
E quando pega de assalto
O preço é mais alto
Ri da imagem no espelho
Enaltece a ironia
Fala do que é desparelho
Louva a psicologia
Evita os olhos vermelhos
X-raio na luz do dia
Oculta a poesia
Descobrimos no ato
A lógica do inexato
Alma que traz alegria
Liberdade e felicidade
Manufatura da iguaria
A beleza de verdade
sacharuk
A poesia delira ao diapasão e, logo, intenta aos acordes da lira. Poesia que tanto descreve saliva de beijo, bem como a imagem do pensador com o queixo poisado nos dedos. Poesia pode andar no eixo para não ouvir queixa, mas pode andar fora e criar desavenças. Há poesia das crenças, poesia do lixo, poesia pretensa, poesia das gentes, poesia dos bichos. Ela é o amálgama do mundo, verte por tudo. É ofício dos nobres, sedução dos espertos, marofa dos pobres e sina dos vagabundos. Também vive escondida na língua dos analfabetos. Poesia é isso tudo e mais outro tanto, no entanto, poesia não é absurdo. Absurdo é querer-se mudo; absurdo é querer-se surdo; absurdo é querer-se cego. (Tudo e mais outro tanto - sacharuk)

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