a lua e mais nada
vejo novembro
sob foco de lua
íris de ouro e prata
e tom nostalgia
luz que ecoa
na noite calada
em mim só encontro a lua
e mais nada
vejo novembro
sob prisma de poesia
corpo coberto com véu
seduz e insinua
toma brilho do sol
e oferece à rua
espelha a face de Apolo
em calor e ousadia
vejo novembro
sob facho na estrada
eloquência das marés
verves alteradas
nas danças insanas
nos saraus da geologia
morre distante dos olhos
quando a noite recua
vejo novembro dormir
quando dorme a lua
sacharuk