simples seara sem semente
Sônia simplesmente semeia
silencia sofrimento
sólido solo saqueia
singelos sonhos semeados
sorrir sem sentir
só seria
sensação suave
somente
sem serventia
sem soberania
simples seara
sem semente
sacrifica sério semblante
sela santo solo servil
supera sol solapante
sucumbe sentido sombrio
seria só sentir
sem sorrir
só suave sensação
sem sobrepor
sem servir
simples seara
sem semente
sacharuk
para Starassiuk
A poesia delira ao diapasão e, logo, intenta aos acordes da lira. Poesia que tanto descreve saliva de beijo, bem como a imagem do pensador com o queixo poisado nos dedos. Poesia pode andar no eixo para não ouvir queixa, mas pode andar fora e criar desavenças. Há poesia das crenças, poesia do lixo, poesia pretensa, poesia das gentes, poesia dos bichos. Ela é o amálgama do mundo, verte por tudo. É ofício dos nobres, sedução dos espertos, marofa dos pobres e sina dos vagabundos. Também vive escondida na língua dos analfabetos. Poesia é isso tudo e mais outro tanto, no entanto, poesia não é absurdo. Absurdo é querer-se mudo; absurdo é querer-se surdo; absurdo é querer-se cego. (Tudo e mais outro tanto - sacharuk)

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