A poesia delira ao diapasão e, logo, intenta aos acordes da lira. Poesia que tanto descreve saliva de beijo, bem como a imagem do pensador com o queixo poisado nos dedos. Poesia pode andar no eixo para não ouvir queixa, mas pode andar fora e criar desavenças. Há poesia das crenças, poesia do lixo, poesia pretensa, poesia das gentes, poesia dos bichos. Ela é o amálgama do mundo, verte por tudo. É ofício dos nobres, sedução dos espertos, marofa dos pobres e sina dos vagabundos. Também vive escondida na língua dos analfabetos. Poesia é isso tudo e mais outro tanto, no entanto, poesia não é absurdo. Absurdo é querer-se mudo; absurdo é querer-se surdo; absurdo é querer-se cego. (Tudo e mais outro tanto - sacharuk)

segunda-feira, 27 de julho de 2020
livre poesia ao luar
livre poesia ao luar
morena
percorre os dias
na encosta verde dos rios
que o assovio da ventania
e o impulso bravo das águas
levarão tristezas sem trégua
a outros quintos sombrios
ondas batem nas pedras
espocam incertas
vertem lençóis pelas noites
livre poesia ao luar
logo vou te encontrar
e espero que cantes
versos doces amantes
quero andar contigo
num voo cego
pelas rotas perdidas
colorir tuas asas lindas
com a minha poesia
morena
o sol sempre brilha
durante as madrugadas
descalço anda na areia
e logo quebra as regras
descansa o raio na pedra
na cidade da sabedoria
deixa portas abertas
as janelas floridas
coloca amor e dá vida
cor às coisas cinzentas
logo vou te encontrar
e espero que cantes
versos doces amantes
quero andar contigo
num voo cego
pelas rotas perdidas
colorir tuas asas lindas
com a minha poesia
sacharuk
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