A poesia delira ao diapasão e, logo, intenta aos acordes da lira. Poesia que tanto descreve saliva de beijo, bem como a imagem do pensador com o queixo poisado nos dedos. Poesia pode andar no eixo para não ouvir queixa, mas pode andar fora e criar desavenças. Há poesia das crenças, poesia do lixo, poesia pretensa, poesia das gentes, poesia dos bichos. Ela é o amálgama do mundo, verte por tudo. É ofício dos nobres, sedução dos espertos, marofa dos pobres e sina dos vagabundos. Também vive escondida na língua dos analfabetos. Poesia é isso tudo e mais outro tanto, no entanto, poesia não é absurdo. Absurdo é querer-se mudo; absurdo é querer-se surdo; absurdo é querer-se cego. (Tudo e mais outro tanto - sacharuk)

domingo, 26 de julho de 2020
novamente chorei
novamente chorei
certos dias eu soube
nas noites duvidei
as vezes eu tive
outras vezes dispensei
dia desses fui forte
noite dessas errado
novamente chorei
na manhã tive sorte
mas na noite azarei
já estive parado
entretanto andei
nalguns dias vivi
noutras noites morri
novamente chorei
pelo meu espaço
pelo meu caminho
pelo teu carinho
pelo teu abraço
certos dias eu soube
nas noites duvidei
tantas vezes vivi
tanto noutras morri
novamente chorei
pelo meu espaço
pelo meu caminho
pelo teu carinho
pelo teu abraço
novamente chorei
sacharuk
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário