o caderno
naquele caderno
descansavam letras
contorcidas e pretas
caladas e sem dom
inexpressivas sem som
tantas danças
cabeça e caneta
nas páginas brancas
jazia a destreza
que desarrumava palavras
devolvia perguntas
embaralhava nuanças
o clamor da beleza
jamais alcança
o embaraço das luzes
das ideias abstratas
se bem que um caderno
pode ser céu de papel
ou combustível do inferno
sacharuk
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