quando o sol fica ensimesmado
o sopro da noite
destrava a cancela
do cavalo confinado
em disparada cabal
bicho selvagem alado
atravessa o açude
amiúde
a lua se vinga
e nunca desama
veste o raio que encanta
quando o sol
fica ensimesmado
a respirar as palavras
a suspirar os sentidos
se o vento da noite
trepida paredes
eleva teus pés delicados
tilinta o cristal
dos lindos sapatos
que decolam pelo ar
apesar
que a lua mingua
e nunca desmancha
é risco de luz que avança
quando o sol
fica lá do outro lado
a respirar as palavras
a suspirar os sentidos
sacharuk
Nenhum comentário:
Postar um comentário