rosa vermelha orquídea negra
enquanto dormes
contar-te-ei as novas
das mil e uma
longas longas longas
noites silenciosas
entenderás
os versos de distração
difusos nas ondas
sobem sobem sobem
perpassam muros
da razão
sentirás
o velho sopro obscuro
frio anjo demônio
andejo dos umbrais
saberás
desses tempos reais
e seus sonhos
artefatos de poesia
céus e infernos
algo para não acreditar
algo para esquecer
queimar os cadernos
rosa vermelha
orquídea negra
floreiras brancas do descanso
chamam alegria ao imenso jardim
a vida é córrego
e onde a morte
jorra nascente
rebrilha luz estelar
rosa vermelha
orquídea negra
não há sacrifício
nas cruzes
se o capim verde
cresce em volta
rosa vermelha
orquídea negra
não há sacrifício
a vida é córrego
e onde a morte
jorra nascente
rebrilha luz estelar
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