A poesia delira ao diapasão e, logo, intenta aos acordes da lira. Poesia que tanto descreve saliva de beijo, bem como a imagem do pensador com o queixo poisado nos dedos. Poesia pode andar no eixo para não ouvir queixa, mas pode andar fora e criar desavenças. Há poesia das crenças, poesia do lixo, poesia pretensa, poesia das gentes, poesia dos bichos. Ela é o amálgama do mundo, verte por tudo. É ofício dos nobres, sedução dos espertos, marofa dos pobres e sina dos vagabundos. Também vive escondida na língua dos analfabetos. Poesia é isso tudo e mais outro tanto, no entanto, poesia não é absurdo. Absurdo é querer-se mudo; absurdo é querer-se surdo; absurdo é querer-se cego. (Tudo e mais outro tanto - sacharuk)

terça-feira, 21 de julho de 2020
Valquíria morde a língua
Valquíria morde a língua
não cala a boca
Valquíria
a louca
viciada nas trelas
e nos blablablás
ontem disse:
"sei bem quem és
e o que ocorre
na tua cabeça perturbada"
trançou língua
não sabe quem sou
nem o que penso
quanta pretensão!
áries ascendente gêmeos
tanto fala nada sabe
pouco escuta
sacharuk
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário