quedam-se águas de tristeza
destemperanças derramadas
perdem-se gotas de beleza
amolecidas
e consternadas
as horas insistem paradas
descaso que abraça o instante
leito infinito
no rumo do nada
desoriente ao navegante
os cristais não mostram futuro
apenas rochas indiferentes
as gemas opacas no escuro
jamais terão outro presente
as horas destilam cadentes
ponteando um tempo tardio
a dor que brotou na nascente
não vai cessar
o curso do rio
sacharuk
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