INSPIRATURAS teve seu desenvolvimento na Internet, como uma eficiente oficina de criação literária fundamentada no compartilhamento de obras e opiniões. Provavelmente a característica mais comum entre os que participaram de nossos projetos é o fato de se tratarem de novos autores que, a exemplo da poetisa Janete do Carmo, começaram e desenvolveram sua escrita na Internet. Nesse contexto, a poetisa que nos deixou no ano de 2011 é um ícone e, decerto, merece nosso apreço e consideração. Janete foi uma das mais criativas poetisas do nosso meio.
A poesia delira ao diapasão e, logo, intenta aos acordes da lira. Poesia que tanto descreve saliva de beijo, bem como a imagem do pensador com o queixo poisado nos dedos. Poesia pode andar no eixo para não ouvir queixa, mas pode andar fora e criar desavenças. Há poesia das crenças, poesia do lixo, poesia pretensa, poesia das gentes, poesia dos bichos. Ela é o amálgama do mundo, verte por tudo. É ofício dos nobres, sedução dos espertos, marofa dos pobres e sina dos vagabundos. Também vive escondida na língua dos analfabetos. Poesia é isso tudo e mais outro tanto, no entanto, poesia não é absurdo. Absurdo é querer-se mudo; absurdo é querer-se surdo; absurdo é querer-se cego. (Tudo e mais outro tanto - sacharuk)

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